28 de nov. de 2009

COMENTÁRIO DO TEXTO: Das infâncias plurais a uma única infância: mídias, relações de consumo e construção de saberes.

Este texto constitui de um trabalho de monografia onde as autorias fazem suas pesquisa sobre a influência da mídia televisa nas crianças da contemporaneidade, pois através processos de identificação com personagens da TV que ensinam aos telespectadores como devem se comportar e o que desejar.
A pesquisa foi realizada no ano de 2005, com crianças de 5 a 9 anos. Baseados em pesquisas e relatos as autoras relatam que sem dúvida a mídia televisiva exerce uma influência muito grande e levam em conta: Brinquedos e brincadeiras: mídia e relações de consumo, que as crianças além de assistirem os desenhos e propagandas estes são referenciais nas brincadeiras e também acabam consumindo produtos dos desenhos prediletos.
Constroem saberes, através dos jogos. As autoras relatam que apesar da TV, agir como fator de nivelamento social, capacitando as crianças a acessarem um código comum de comunicação, “ uma vez que transmite uma única mensagem que pode ser compartilhada por todos e que faz com que as crianças sintam em igualdade de condições porque conhecem as mesmas coisas e podem comunicar-se por meio delas”, por outro lado o consumo e a posse de produtos, como mochilas, bolsas, bolas, cadernos e material escolar em geral, bem como roupas, jogos e brinquedos que faziam referência aos personagens de desenhos animados e seriados, conhecidos por todas as crianças, condicionavam hierarquias no grupo.
As autoras relatam que a programação televisiva intervém profundamente na brincadeira, mas isso “não significa que a cultura lúdica da criança esteja inteiramente submissa à influência da televisão. Por um lado, certas brincadeiras escapam totalmente à influência da televisão e, sobretudo, onde sua influência é evidente, ela não é única”.

Portanto, os usos de temas dos desenhos animados conhecidos por todos do grupo e de brinquedos industrializados para organizar brincadeiras não impediam o jogo coletivo, a brincadeira transmitida via oralidade, aprendida no convívio coletivo do espaço escolar e do bairro.

As narrativas das crianças apontam que a referência aos desenhos animados, aos seriados televisivos e às propagandas, além da posse de brinquedos industrializados, não impede a prática de jogos e de brincadeiras tradicionais, as quais são compartilhadas, aprendidas e transmitidas no convívio em espaços coletivos. Essa constatação evidencia que a mídia televisiva, enquanto um espaço de aprendizagem, não age de forma unidirecional sobre os telespectadores infantis ao oferecer referências e fantasias das quais as crianças
se apropriam e expressam em suas diversas manifestações.

Finalizando as autoras apontam a necessidade de que as práticas escolarizadas considerem a diversidade de contextos e espaços de aprendizagem, como as mídias e suas linguagens, pelos quais as crianças têm acesso a informações e constroem, de modo interativo, concepções, valores e crenças a respeito do seu mundo.

Após leitura deste e discussão deste texto, e de que forma poderíamos utiliza a mídia televisiva ou o vídeo em sala de aula, pois os mesmos tem o fato de mostrar fatos que falam por si mesmos, mas necessitam do professor para dinamizar a leitura do que se vê. Dentro desta proposta fizemos um vídeo, cuja proposta é a releitura de um dos contos mais conhecidos do universo infantil, chapeuzinho vermelho. O vídeo foi elaborado colocando os personagens dentro de um contexto contemporâneo, onde permite os alunos discutir assuntos que são ligados ao seu cotidiano. Outra proposta foi elaborar um planejamento incluindo o DVD, como recurso no processo de aprendizagem, onde o professor teria o papel intermediador de instigador junto aos alunos, aliando no final seus conhecimentos com a produção proposta pelo professor.

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